Ver Discussão (23) Histórico Pesquisar Concluído
Colégio das Ilusões

Epígrafe

Além de seus sentidos está o mundo real, nele estão os deuses, que te esperam com segredos inimagináveis. Liberte-se da ilusão. Deixe que o fogo de Assura dissolva o véu que te separa da verdade!
Anaximander, o Belo.

Prólogo

Através da abóbada de vitrais eu observava as belas luas que se moviam pelo céu sobre o castelo de Anaximander, o Belo. Era minha segunda noite em sua companhia, e também a última. Não posso dizer que a presença daquele ilusionista e seus modos... excêntricos me eram agradáveis, embora pertencêssemos à mesma raça. Meu nome é Aniel Caladrobam, nobre de Âmiem e acadêmico das reais cortes dos elfos dourados. Eu achava que era sábio e desdenhava de Anaximander, o prestidigitador que me ofereceu pousada enquanto seguia para Ludgrim, onde desempenharia função de conselheiro do nobre Darniar, o rei meio-humano. Hoje vejo que tenho uma grande dívida para com este ilusionista; apesar de não me ter oferecido revelação, ele me mostrou que a revelação é possível para aqueles que a procuram.

— Belíssimas — não me surpreendeu ele, surgindo sem um único ruído, fato que se deve ao seu hábito de parecer nunca caminhar, mas sempre levitar. Embora tenha nascido em uma casta que se orgulha de sua capacidade mágica, sempre achei uma ostentação vulgar tamanha exibição de poder. Isso só fazia aumentar minha antipatia pelo meu anfitrião. Contudo, depois vi que isso era só mais uma de suas ilusões: parecer idiota e hedonista era a tática de Anaximander para surpreender seus adversários... e aliados.

— Sim, são belas — eu respondi — Acredito que minha carruagem já esteja pronta para partir.

— Está. Vim dizer-lhe isso, e oferecer um presente de despedida — Ele havia passado o dia me dissuadindo de viajar durante a noite, e frente às minhas constantes recusas estranhei a presteza com que me oferecia um coche pronto para partida e um presente.

— Um presente? — perguntei algo desconfiado — Sim, você é um estudioso e ouvi dizer que é fascinado por cosmologia. Pois bem, quero lhe contar uma versão para a criação do mundo que você não encontrará em nenhum tomo. Isso me parecia mais um ardil infantil do bufão que me acolhia, alguma história tola para me prender a atenção até o amanhecer; eu não queria perder tempo, mas não podia ser descortês com um aliado de Ludgrim, além de meu anfitrião — Ora, que gentil. Por favor...

— Eu serei breve — atalhou Anaximander com um sorriso que me mostrou que, infelizmente, não fui tão bem-sucedido em esconder meu enfado — apenas caminhe comigo e me ouça.

— Todos sabemos que os deuses e os titãs-segundos lutaram contra os grandes Titãs para que o universo tivesse lei, ordem e estabilidade. Alguns Titãs fugiram, outros criaram os planos elementais do fogo, ar, água e terra; outros ainda, como Ânimus, Maná, Entropia, Crio e Crônus refugiaram-se no mundo material. Apenas dois foram presos: Treva e Luz. Mas como se prende um Titã? Como privar da liberdade uma criatura nascida de sua própria volição? Os deuses e seus filhos não podiam destruí-los, porque não os havia criado, e ao contrário de seus irmãos, Treva e Luz não aceitariam jamais a derrota, lutando novamente assim que tivessem oportunidade. A solução para o dilema surgiu do sábio Palier, que a assim disse aos seus irmãos: ‘grande quantidade de vontade possuem os gêmeos Luz e Treva, de modo que jamais vergaremos seus espíritos, a não ser que eles já não saibam quem são, e sua vontade fique adormecida, assim como seu poder’. E numa unificação de poder como jamais acontecerá novamente entre os deuses, os gêmeos acorrentados foram punidos sendo induzidos a um sono estático, onde não se lembrariam quem eram ou de onde teriam vindo, e sua vontade sustentaria as ilusões que compõem o mundo material. A partir de então a vida pôde florescer em Tagmar, porque era sustentada pela vontade dos gêmeos autogerados: Luz e Treva.

Tive vontade de rir da história pueril de Anaximander. — Está me dizendo que a vida só se tornou possível no planeta por causa do sonho de dois Titãs?

— Exato! — caminhávamos, ou melhor, eu caminhava, pelos extensos corredores de seu castelo ricamente decorado enquanto ouvia esta reinvenção do mito da criação. Um tanto petulante, o perguntei o que isso acrescentava às tantas outras histórias que conhecíamos.

— Tudo! — foi sua resposta. — O mundo que você, eu e todos os outros conhecemos não é real: ele é uma ilusão projetada pelos sonhos atormentados dos gêmeos prisioneiros. Por este motivo, nada é eterno neste mundo; cada coisa dura pela quantidade de volição que os sonhos a emprestaram: os dragões, prenhes de volição, perduram por milênios incontáveis; nós, os elfos, duramos bem menos, pois em nós a volição é menor; os anões possuem ainda menos e os humanos e pequeninos são quase efêmeros. O objetivo de cada coisa criada é encontrar a porção volitiva que o criou e agarrar-se a ela, para passar para além deste mundo ilusório antes do Despertar; o momento em que Luz e Treva acordarão, e a vida no mundo desaparecerá.

Eu já havia ouvido falar nas teorias de “iluminação” dos magos, que iam da heresia ao disparate, mas essa me pareceu tão infantil naquele momento que tive pena de Anaximander.

— Não convenci você, não é? Bem, vejamos este quadro — era uma bela pintura de Amenorá IV, avô humano de Darniar, e Anaximander, lado a lado — ocasionalmente o tenho visto o apreciando.

— É uma bela pintura — respondi.

— Não existe — e com um estalar de dedos, a pintura e toda a parede ao longo do corredor desapareceram, mostrando a noite fria e inclemente do lado de fora.

— É um truque! Toquei esta pintura inúmeras vezes, apoiei-me nas janelas desta parede para apreciar os campos além do castelo! — é vergonhoso, mas devo dizer que estava bastante irritado com o mago naquele momento — Você tornou a parede invisível com magia! — vituperei entre dentes.

— Então toque-a — ele desafiou calmamente, flutuando à minha frente. Estendi os braços sem pensar, mas algo na firmeza de seu olhar me confundiu, e senti dúvidas. Parei o braço a meio caminho. Tornei a ficar mais irritado, me sentindo um brinquedo idiota nas mãos de um prestidigitador, e tornei a esticar os braços com ímpeto, devo dizer com mais raiva que convicção. E não tinha nada lá.

Nada. A brisa suave e cortante acariciava meus dedos, e eu que antes me sentia aquecido, comecei a sentir frio.

— Nisso reside a infalibilidade do estratagema de Palier para manterem Luz e Treva presos: seus sonhos têm vida, e a união da volição de todos eles juntos equivale a volição dos próprios gêmeos. A crença no mundo como ele é o mantém existindo. Os demônios sabiam disso, e por isso lutaram para convencer a todos que tinham criado Tagmar; a crença o faria verdade. Tudo o que nós, Ilusionistas, fazemos é estudar o véu da ilusão para que possamos chegar à volição, o espírito verdadeiro por trás da forma, a única coisa real e imutável, porque é autogerada e da mesma natureza que os Titãs.

Com um estalar de dedos, Anaximander nos levitou até o chão, e caminhamos em silêncio por alguns momentos.

— Você pensa que o mundo é real porque pode tocá-lo, vê-lo, ouvi-lo? Tudo são ilusões; a diferença entre as ilusões que você experimenta todos os dias e as ilusões que crio reside apenas em grau — estas são produto da vontade de um ser menor e menos iluminado; aquelas provêm da fonte própria de toda a vontade que sustém a vida. Eu vou confidenciar-lhe um segredo, mas jamais poderá estar sob meu teto novamente.

Fiquei chocado comigo mesmo: Anaximander me havia oferecido pousada e alimento, e eu o ofendia com minha descrença. Isso era imperdoável, ainda mais entre irmãos vindos de Âmiem — Meu senhor, eu suplico, desculpe minha arrogância...

— Não seja arrogante — me atalhou com um sorrido franco —isso nada tem a ver com sua pequena empáfia acadêmica. Tem a ver com crença. Minha casa... ela inteira é feita de ilusões, a não ser um único e pequeno cômodo que utilizo no térreo. Por isso não caminho pelos corredores, por isso nunca toco nos livros que deixo espalhados, porque eu sei.

— E os servos? Como eles...

— Eles não sabem. Acreditam que esta mansão me foi dada por Amenorá IV, e sua crença é que mantém as paredes resistentes à chuva e ao vento. Eu lhes contei uma mentira, e sua vontade a tornou real. Nisso reside a maior mágica dos ilusionistas — o nosso ‘poder’ pode ser partilhado com qualquer um... desde que creia.

— Mas, por que faz essas coisas? Por que me conta essas histórias sem que eu a peça? — perguntei um tanto atônito a Anaximander, que parecia já esperar minha reação.

Porque acho você esperto o bastante para saber disso. A maioria dos outros não o é, e aqui incluo muitos magos e sacerdotes diversos. Note que, ao invés de entenderem este mundo, eles preferiram voltar seus sábios olhos para outros planos em busca de iluminação. Mas não funciona assim: nascemos aqui e aqui é nosso ponto de partida e nossa senda. Apenas atravessando o véu de sonhos encontraremos nossa verdadeira natureza... você não precisa ser mago para isso, embora, certamente, nossas práticas ajudem bastante.

— E como, não sendo ilusionista, posso me aproveitar de tudo o que me disse?

Basta ter em mente o primeiro e mais importante axioma de Maia: isto também passará

— Alguns preceitos de Assura também podem ajudar a qualquer um, mago ou não: primeiro, a crença constrói o real. Se criaturas o bastante acreditarem em algo com convicção por tempo o bastante, esse algo será real.

Segundo, manipulando as formas oníricas dos sonhos de Luz e Treva, nós mostramos aos nossos irmãos a irrealidade deste mundo. Compreendendo a fragilidade de nossas criações, nossos irmãos compreenderão a fragilidade relativa das criações da prisão de Luz e Treva, porque nada que seja circunscrito no tempo e sujeito a Crônus e Entropia pode ser real.

Por fim, devemos cultivar a atenção e a constância como ferramentas para nos libertarmos de tudo quanto nos conduz ao emaranhado de ilusões que nos prendem ao mundo criado pelos sonhos dos Titãs gêmeos. Penetramos no âmago da ilusão para descobrir sua essência real, e não para nos tornarmos seus fantoches.

Meu coche chegou, confortável e luxuoso, com um pequenino às rédeas. Um par de cavaleiros humanos garantiriam minha travessia com segurança pela escuridão da floresta. E eu parti, carregando comigo o duvidoso presente de Anaximander. Meus dedos deslizavam pelo veludo das poltronas, e um calafrio passava por minha espinha: o mundo me parecia muito menos palpável, tangível, real.

O cocheiro sorriu-me e me estendeu uma garrafa — Dos melhores vinhos de lorde Anaximander! — Recusei prontamente, e comecei a ter medo de divagar... medo de que minhas convicções se abalassem ao tocar a garrafa e ela desaparecesse... e em seguida o coche e meus acompanhantes... e eu ficasse só e desarmado no meio da floresta sombria...

O Colégio

Os ilusionistas são vistos como charlatães e prestidigitadores, paródias de magos verdadeiros em função da efemeridade de seus feitos. Nada poderia estar tão longe da verdade. Por trás da fachada de engodos se esconde uma organização de magos nobres e capazes, cujo único objetivo é descobrir um meio de enxergar através do véu de ilusão que todos os outros sábios chamam de “mundo real”.

História

Os relatos mais antigos dos ilusionistas teriam se originado de narrativas orais do Tempo das Névoas, retransmitidas à fundadora do Colégio, uma Elfa dourada de nome Maia, possivelmente por um Dragão Dourado Imperial, o venerável Assura. De acordo com as lendas, Assura se apiedou do destino de todas as criaturas ignorantes que seriam destruídas com o despertar dos Titãs Treva e Luz, e ensinou a arquimaga das cortes élficas métodos para se penetrar no véu dos sonhos e manipular sua essência onírica, chegando-se, por fim, a quintessência real mantenedora de toda a vida, a volição. Assura teria dito a Maia que apenas encontrando sua essência volitiva um ser poderia escapar à destruição quando Luz e Treva despertassem de seu sono punitivo, e quando a elfa assimilou todos os seus ensinamentos, o dragão teria partido deste mundo em direção a plagas mais reais, aproximando-se assim dos deuses que já havia contemplado há tempos incontáveis. Maia fundou então o colégio das ilusões com o firme propósito de mostrar a todos os entes viventes que o mundo objetivo não é real, apenas um sonho passageiro que deve ser entendido e transcendido, rumo a níveis mais próximos da realidade: a morada final dos deuses. Contudo, desde o desaparecimento de Assura, muitas guerras e tormentas têm assolado Tagmar, e grande parte dos conhecimentos do piedoso dragão foram perdidos, de modo que a sabedoria dos ilusionistas de hoje não passe de uma sombra, efêmera e transitória como suas criações, do que já foi um dia.

Localização

A matriz do grande colégio ilusionista fica em Calco, reino de mentalidade liberal e cosmopolita. Todos os magos recém-afiliados ao colégio devem comparecer ao colégio para treinamento básico e estudos profundos da filosofia estabelecida por Maia com base nos ensinamentos de Assura. Dizem que é um dos lugares mais fascinantes do mundo conhecido, mesmo para magos.

Além da matriz de Calco, há muitas filiais, mas se destacam a de Telas, onde há o Palácio dos Senhores das Ilusões, que é de uma simplicidade pouco vista em Tagmar. Feito em formato retangular, o interior é muito mais vasto do que se pode imaginar de fora. Outro local importante é o colégio das ilusões que fica em Marna, em Âmiem, que tem uma grande importância estratégica, pois é um dos responsáveis pela proteção do reino, ao tornar as florestas de Âmiem quase impenetráveis.

Símbolos

A heráldica ilusionista é formada por dois olhos fechados sobrepostos a um escudo cinzento: os olhos são diametralmente opostos, um negro e outro branco, simbolizando os gêmeos em sono punitivo. O escudo cinza é o mundo material: um sonho de Luz e Treva. Outro famoso símbolo ilusionista é o prisma: através dele, a luz branca (volição) é decomposta em sete espectros distintos (cada um deles representando um plano de existência: Divino, Limbo, Astral, Material, Etéreo, Elemental e Infernal).

Objetivo

As mágicas ilusionistas manipulam o tecido onírico que forma o plano material em novas possibilidades. Contudo, suas criações parecem tênues porque eles tentam reformular algo que foi feito pelos Titãs adormecidos, criaturas dotadas de uma vontade incomensurável. Na prática, tais métodos são tentativas de penetrar a essência que anima a forma — encontrar a volição por trás das ilusões é achar o caminho para o mundo real e escapar à possibilidade de destruição com o despertar de Luz e Treva. De acordo com os ilusionistas, aqueles que ainda não entenderam este mundo ficam presos nele, até que consigam compreender que não estão num mundo real, desligando-se dele pela iluminação. É um caminho árduo, levando-se em consideração que nenhum dos seres viventes faz ideia de como é o mundo real, mas a prática diligente dos preceitos de Assura pode levar à liberdade.

Para ser aceito pelo Colégio

Os ilusionistas aceitam qualquer um que esteja disposto a aceitá-los, ou seja, qualquer um que verdadeiramente resolva abraçar suas crenças. Em comum, potenciais alvos de recrutamento possuem uma aguçada sagacidade, além de raciocínio rápido e bom humor — as coisas são como são: um sonho vívido e realista, mas um sonho. Para que desesperar-se?

Ética

Ilusionistas são acusados com frequência de preguiça, falta de ambição e comodidade por parte de outros magos. Um triste engano: ilusionistas são, de fato, estoicos empedernidos. Se o mundo em que vivemos não é real, de que adianta uma corrida inútil em busca de títulos, riquezas e reconhecimentos que se irão evolar como fumaça mais cedo ou mais tarde? O que devemos fazer, em sua opinião, é estarmos atentos a tudo o que nos acontece e percebermos o quanto isso nos enreda nos sonhos de Luz e Treva. Mantendo-nos atentos aos nossos sentimentos passageiros de ódio, desejo, amor ou esperança podemos evitar que eles nos controlem, e assim nos agarrarmos ao que há de constante em nós: a volição.

A crença é a chave do ilusionismo. Um ilusionista que dispare uma bola de fogo ilusória contra a parede de um castelo não conseguirá nada, mas se fizer o mesmo contra um grupo de soldados ignorantes eles provavelmente rolarão no chão tentando apagar as chamas irreais que os consomem. O nível de credibilidade de uma ilusão dita o quanto ela pode afetar os seres inteligentes aos seu redor. Ironicamente, os efeitos deste preceito são proporcionalmente contrários nos ilusionistas: embora um mago possa oferecer uma rota de fuga aos seus aliados criando uma ponte ilusória sobre um desfiladeiro, a mesma só teria qualquer serventia para seu conjurador por um custo mágico muito mais alto e exaustivo, pelo fato simples de que ele sabe que ela não é “real”.

Para os ilusionistas, uma ilusão projetada por eles só é diferente das ilusões geradas pelos sonhos dos gêmeos por uma questão de gradação. Em sua concepção, nada que tenha começo e fim pode ser considerado real, porque real é sinônimo de imutável e perene. O objetivo final de cada embuste, brincadeira e prestidigitação é mostrar ao mundo sua transitoriedade; só cientes da fragilidade deste ambiente ilusório os entes inteligentes podem dar mais um passo em direção ao real: a morada divina.

Como se vê, a cruzada dos ilusionistas, apesar de incompreendida, é nobre.

Apesar da crença popular, ilusionismo não é diversão para as massas, e pobre do ilusionista que assim pensar atrair a atenção do povo com pequenos truques é útil, mas apenas para mostrar a efemeridade do mundo. Transformar sua arte numa forma de entretenimento é vulgarizar os ensinamentos de Maia e enredar-se ainda mais nos sonhos dos gêmeos.

Organização

Os ilusionistas possuem uma estrutura acadêmica baseada nos conhecimentos e poderes de seus membros. O grande líder do Colégio é o grão-reitor da Colégio Ilusionista, em Calco. Abaixo dele temos os reitores escolares que dirigem as demais filiais do colégio. Os reitores são ilusionistas renomados e sábios, das mais diversas raças. Todas as deliberações que dizem respeito ao colégio passam pela reitoria e coordenadoria, mas não devemos pensar numa estrutura rígida e magos agarrados tenazmente aos seus títulos. Os ilusionistas sabem que honrarias e posições não são nada, apenas ferramentas didáticas para ajudar o maior número de magos a escapar da prisão de Luz e Treva. Talvez por sua estrutura flexível, tolerante e democrática tantos magos procurem afiliação junto aos ilusionistas, apesar de sua fama de charlatães.

Lideranças

Dex Teer, o Inventor: é o atual grão-reitor do colégio. Algumas pessoas o descrevem como um mago jovem humano, de cabelos brancos e aparência despojada, enquanto outros o apontam como um homem austero, de meia idade e trajes sóbrios. Fica mais difícil saber a verdade quando temos testemunhos diferentes de pessoas que o viram na mesma ocasião. Sempre acessível a quem quer que o procure, muitas vezes é visto nas escadarias do colégio, discutindo filosofia e metafísica com alunos, colegas ou magos conhecidos de outras escolas.

Enquanto Dex sustenta seu título há aproximadamente uma década, os membros da coordenadoria não tendem a permanecer tanto tempo em seus postos, na maior parte das vezes por obrigações pessoais que os afastam de suas funções acadêmicas. Atualmente, humanos e elfos (principalmente dourados) compõem o quadro da coordenação.

Divanom Isonar: Irmão de Divanor Isonar, Conselheiro da Justiça de Calco, atualmente Divanom além de ser um dos reitores do colégio, é também membro da sociedade de Malim (que reúne magos de vários colégios). Com uma personalidade eloquente, este proeminente mago é tido como dos principais candidatos a sucessão de Dex.

Anaximander, o belo: Poucos de verdade sabem a real motivação da existência do enclave habitado por esse elfo-dourado originário da elite de Âmiem, poucos mesmos! Tido como um excêntrico pelos magos e pelos de sua própria espécie e de seu lar, sua missão é ser o Guardião das Fronteiras de Ludgrim e de Âmiem com a Levânia. Lindo é um adjetivo comum saindo da boca daqueles que tentam descrever seu rosto aquilino entornado de lisos cabelos loiros reluzentes e cravejado com duas pedras de água marinha como olhos. Mas sua beleza é de verdade sustentada por sua capacidade de simpatia estonteante. Um ser leve, uma voz sempre afável, uma cortesia que parece inabalável mesmo tratando com quem o trata com desdém.

Rumores e Intrigas

Conflito entre Colégio: há um crescente conflito entre o Colégio das Ilusões e o Colégio dos Elementalistas. Dizem que os dois colégios estão competindo pelo controle de um artefato antigo, conhecido como a Pedra do Véu, que supostamente amplia o poder das ilusões e das invocações elementais. O rumor afirma que as tensões estão se acirrando e que espiões de ambos os lados estão envolvidos em uma busca desesperada pela pedra. Os estudantes e membros dos colégios são colocados uns contra os outros, enquanto os líderes das duas escolas tentam chegar a um acordo ou impor sua vontade por meios mais drásticos. As tensões aumentam ao passo que boatos de que a Pedra está em posse de um grupo de aventureiros começa a se espalhar

Segredo do Livro de Palier: corre um boato sombrio de que o Colégio das Ilusões descobriu um texto segrecre do Livro de Palier, guardado há séculos pelos sacerdotes do deus do Conhecimento e da Magia. Dizem que essa revelação perturbadora pode fazer ruir os alicerces da magia e da fé. Enquanto os ilusionistas guardam esse segredo com zelo, temendo suas implicações, os sacerdotes estão determinados a recuperar o conhecimento que consideram seu legado. Uma disputa silenciosa e perigosa se desenrola nas sombras, enquanto os magos ilusionistas e os sacerdotes de Palier são atraídos para um conflito que pode abalar as estruturas do Mundo Conhecido.

Sociedade secreta: há boatos de que o conhecimento do venerável Dragão Dourado Assura foi compartilhado não somente com Maia. Antes de conhecer a profeta, O Dragão teria revelado sua filosofia e ciência a um estudioso renegado que acabou martirizado, porém, os ensinamentos dessa sociedade secreta teriam sido semeados no meio dos Ilusionistas. Diz-se que eles acreditam que o despertar dos Titãs Treva e Luz deve ser abreviado e buscam meios de apressar o Despertar. Esse grupo, se existe, financia aventureiros para encontrar, recuperar ou obter qualquer indício de texto, ou objeto que possa dar pistas sobre o Fim do Sono dos Irmãos.

Conspirando para derrubar Dex Teer: fala-se que um dos coordenadores do Colégio das Ilusões está conspirando para minar a liderança do grão-reitor Dex Teer e tomar o controle do colégio. Dex precisa estar atento e também contratar cada vez mais soldados e guarda-costas todas às vezes que precisa se ausentar das dependências do Colégio.

Relíquia esquecida: Boatos circulam sobre uma relíquia esquecida pelos antigos fundadores do Colégio das Ilusões, um artefato poderoso capaz de desvendar segredos sobre a verdadeira natureza do mundo e abrir um portal capaz de levar para fora da Realidade Sonho que vivemos. Agora, um grupo de ilusionistas estão dispostos a tudo para encontrá-la primeiro.

Invocação proibida: corre o rumor de que um estudante do Colégio das Ilusões se entregou à tentação de praticar uma invocação proibida, abrindo uma fenda para um plano obscuro e liberando criaturas perigosas, chamadas Pesadelos. O que são esses monstros e seus interesses, permanece um mistério. Mas isso estaria conectado com uma série de eventos estranhos e inexplicáveis que têm assolado Calco e seus arredores, levando a suspeitas de que uma força maligna está infiltrada no Colégio das Ilusões.


Verbetes que fazem referência

Livro dos Colégios

Verbetes relacionados

Colégio Alquímico | Colégio das Ilusões | Colégio do Conhecimento | Colégio Elemental | Colégio Naturalista | Colégio Necromântico
LGPD (Lei Geral de Proteção a Dados): o site do Tagmar usa a tecnologia de cookies para seu sistema interno de login e para gerar estatísticas de acesso. O Tagmar respeita a privacidade de cada um e nenhuma informação pessoal é armazenada nos cookies. Ao continuar a navegar pelo site você estará concordando com o uso de cookies.